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A cultura de paz e o respeito à mulher na sociedade: uma conversa esclarecedora
Texto produzido pela Comissão OAB Vai à Escola
Vivemos em uma cultura de Paz?
No mês da Mulher o tema foi ministrado pelo ilustre Dr. José Henrique Torres, em parceria com a Comissão OAB Vai à Escola, para os alunos do Ensino Fundamental II (8º e 9º anos) do Colégio Pedro e Rafael, que com maestria explanou os motivos pelo quais vivemos uma cultura de guerra e não de paz, e como os adolescentes, futuros homens e mulheres, podem transformar esse sórdido cenário através da educação e conscientização de que todos são detentores de direitos e deveres.
O Brasil é o quinto país no ranking com os maiores casos de violência doméstica contra a mulher.
A violência doméstica é um fenômeno que não distingue classe social, raça, etnia, religião, orientação sexual, idade e grau de escolaridade. É uma realidade no contexto brasileiro, no qual os dados são assustadores: a cada quatro minutos uma mulher é agredida, e a cada oito horas uma mulher é morta[1].
A violência doméstica contra a mulher é uma expressão da desigualdade de gênero nas relações familiares. Essa disparidade entre homens e mulheres e a construção social do gênero feminino como inferior ao masculino sustentam a violência contra as mulheres.
Agredir a mulher é tão trivial no Brasil, que se tornou letra de samba e de muitos outros ritmos de músicas! Isso porque o homem vê na mulher, um objeto e não um ser humano sujeito de direitos. Esta violência ocorre em função das raízes históricas, culturais e econômicas, de dominação de gênero e de classe, que se mantém pela reprodução da cultura do patriarcado, machismo e pela questão da sobrevivência e do consumo.
O Amor com violência é doença. É sentença de Morte! Isso faz com que seja de extrema importância que adolescentes tenham contato com o tema nas escolas através de palestras e estudos para uma reflexão a respeito da violência doméstica no âmbito familiar e na sociedade como todo.
Nem tão doce lar: uma vida sem violência é um direito humano!
[1] ALVES, I. A cada 8 horas uma mulher é morta no Brasil. São Paulo. Setembro.2019. Observatório do Terceiro Setor. Disponível em <http://WWW. observatorio3setor.org.br/ noticias/ a cada -oito-horas–uma–mulher–e-morta-no-brasil/, acesso em 18 de dezembro de 2020.
