Campanha “Apadrinhe uma criança, doando livros” visa incentivar a leitura entre crianças e adolescentes em áreas de vulnerabilidade social

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A Casa da Advocacia sediou na noite de quarta-feira (26/10) o lançamento da campanha “Apadrinhe uma criança, doando livros”, uma iniciativa conjunta da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 15ª Região, Escola Superior dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 15ª Região, OAB Campinas e Secretaria Municipal de Educação. A Campanha visa arrecadar livros novos e usados, em especial de literatura brasileira que serão destinados a crianças e adolescentes de escolas municipais em áreas de vulnerabilidade social.

Participaram do evento a presidente da OAB Campinas, Luciana Freitas; a desembargadora do Trabalho e Diretora Cultural e de Cidadania da Amatra XV; Tereza Aparecida Asta Gemignani; o secretário Municipal de Educação, Tadeu Jorge; o Presidente da Amatra  XV e Diretor-Geral da Esmat 15, juiz Sérgio Polastro Ribeiro; a Juíza do Trabalho Milena Casacio Ferreira Beraldo, além de advogadas e advogados, incluindo o vice-presidente da Comissão de Direito do Trabalho, Fábio Luciano Barbosa; e a vice-presidente da Comissão de Ética e Disciplina, Helisa Aparecida Pavan.

A presidente Luciana Freitas abriu o evento e agradeceu a parceria de todas as instituições. “Em nossa diretoria temos três professores e o nosso apego à educação, à sala de aula, a transmissão do conhecimento, é muito grande.  Para a OAB  é muito prazeroso unir esses esforços dos poderes, do Judiciário e do Executivo, com  a  formação de uma rede, uma estrutura que pode ser alcançada com a participação de tantos segmentos e que a gente possa realmente mudar a vida de alguém”, afirmou, acrescentando que além de incentivar a leitura entre crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social,  o enfoque da campanha em livros da literatura brasileira, visa a valorização da cultura do país.

A desembargadora  Tereza Aparecida Asta Gemignani, uma das idealizadoras da campanha, reforçou a importância do conhecimento, do raciocínio crítico, por meio da leitura. “Nós queremos que as crianças e os jovens leiam, tenham aquele tempo de maturação de ideias e que o tempo seja o tempo deles e não o tempo do aplicativo (referindo-se à comunicação por whatsapp) . É exatamente outro desafio, estamos sendo forçados a nos adaptar aos tempos do aplicativo, o tempo da internet. Imprimir nos jovens a importância de valorizar o próprio eu e colocar esse eu na centralidade do conhecimento, só através do desenvolvimento ao raciocínio lógico que eles vão conhecer isso, e a leitura é uma forma que ele deixa de ser invisível e de ser objeto de um sistema que precisa capturar sua atenção e impedir o seu raciocínio”, contextualizou a desembargadora.   

O secretário Tadeu Jorge falou sobre a importância da campanha e descreveu o cenário dos desafios da alfabetização. “O conceito é de que  toda criança precisa estar plenamente alfabetizada aos 8 anos, no 3º  ano do ensino fundamental, com fluência de leitura, e as estatísticas mostram, em Campinas, que 7 a 8 por cento dessas crianças não logravam alcançar esse patamar conceitualmente tido como adequado”. O secretario explicou que a estatística é anterior à pandemia e que Campinas tem uma situação bem melhor do que o Estado e o país, cujos índices estavam por volta de  15 a 20 por cento.

“A possibilidade de as crianças contarem com mais livros, com mais estímulo à leitura é uma ajuda fundamental, porque a alfabetização vem muito da prática da leitura. Essas condições sociais das crianças das escolas públicas pouco permitem que elas tenham isso, é uma ideia no momento certo e isso vai nos ajudar muito”, destacou Tadeu Jorge. Segundo ele, o maior gasto no ano passado na Secretaria de Educação foi a aquisição de livros, além do reforço de professores e estagiários visando alcançar os patamares adequados na alfabetização, prejudicados também com a pandemia. “Com  a pandemia e suspensão das aulas presenciais a situação se agravou, o processo de alfabetização sem a assistência e os envolvimento direto de um professor é bem mais complicado. Nossas escolas, praticamente todas, estão em áreas de alta vulnerabilidade social, o que torna ainda mais delicada a situação porque há pouca gente para ajudar a criança a se alfabetizar em casa”.

O lançamento da campanha foi marcado pela palestra da desembargadora Tereza Aparecida Asta Gemignani que abordou o tema “As práticas da ESG e seus reflexos no mundo jurídico”. Ela discorreu sobre os conceitos e importantes aspectos na aplicação de boas práticas ambientais, sociais e de governança – ESG, em especial, no Direito.

A campanha “Apadrinhe uma criança, doando livros” seguirá até o final do ano, com  a meta de distribuir os livros recebidos no próximo ano letivo. As doações poderão ser entregues em um dos 12 pontos de coleta que foram disponibilizados em vários regiões da cidade, incluindo a Casa da Advocacia, a Amatra XV, o Fórum Trabalhista de Campinas e os Núcleos de Ação Educativa Descentralizada da Secretaria Municipal de Educação.

 

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