Comissão OAB Vai à Escola atendeu mais de 2 mil alunos no primeiro semestre

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A Comissão OAB Vai à Escola da 3ª Subseção de Campinas fechou o primeiro semestre com chave de ouro. Entre janeiro e junho foram atendidos 2.215 alunos do Ensino Fundamental II, Ensino Médio e Técnicos Integrados ao Ensino Médio, sendo ministradas palestras sobre Violência Doméstica e Feminicídio, Responsabilidades da criança e adolescente – ECA, Bullying, Cyberbullying e Crimes Virtuais.

O tema Cidadania foi ministrado para 650 crianças do Ensino Fundamental I.Também foi objeto de ministração o tema Responsabilidade Civil dos Pais e Responsáveis para 282 pais. Ainda, com 50 Gestores Educacionais foi realizada uma roda de conversa sobre a Responsabilidade dos Educadores.

As escolas parceiras foram a Escola SENAI Prof. Dr. Euryclides de Jesus Zerbini, ETEC Bento Quirino, Sociedade Pro-Menor Barão Geraldo, Escola Fundação Bradesco, CEI Darcy Ribeiro. A Comissão também marcou presença como convidada na Escola Estadual Professora Marianina de Rosis Moraes na cidade de Sumaré.

Em junho a Comissão esteve por 17 dias no CEI 299 – Sesi Valinhos, ministrando palestra sobre Cidadania para os alunos do Ensino Fundamental I e Bullying, Cyberbullying e Crimes Virtuais para os alunos do Fundamental II e Ensino Médio.

O aluno Caio Ferreira do 2º ano do Ensino Fundamental I foi escolhido como Criança Cidadã por sua participação na palestra ministrada pela Dra. Cláudia Camargo e Dr. Edson Silva sobre o tema Cidadania.

Já o aluno Eduardo Vinicius Pontes do 3º ano C do Ensino Médio participou da dinâmica realizada e nas férias produziu o texto “Corações de Papel” que expressa sua percepção sobre o tema ministrado.

Os alunos Bruno Cabral Braz de Araújo, Lucas Gustavo Oliveira Gonçalves e Nicolas Estercio Camargo Silva do 1º ano C do Ensino Médio criaram uma história em quadrinhos de combate ao Bullying.

Texto: Comissão OAB Vai à Escola

Fotos: liviacausphoto

Corações de Papel

O bullying é recorrente em nosso meio e permanece infindável em nossa sociedade. Atualmente, o Cyberbullying tem tido maior destaque já que é constante nas escolas e tem conseguido arruinar a vida de muitos jovens e adolescentes.

Na escola, conheci o bullying e vivenciei essa situação, porém nunca pensei na seriedade e nas consequências desse problema. Neste ano em minha escola Centro Educacional Sesi 299 Valinhos, que preza pela boa educação e pela saúde física e mental de seus alunos, foi realizada uma palestra com a Comissão OAB vai à escola de Campinas sobre o assunto.

A palestra foi ministrada pela Dra. Claudia Camargo e pelo Dr. Edson Silva, estando presente também a Dra. Cyntia Ruiz, que explicaram tudo sobre o tema de forma muito séria e direta o que foi essencial para entendermos a seriedade do problema.

Ao final foi realizada uma dinâmica com a turma em que foi entregue coração de papel e algumas pessoas foram escolhidas para dizerem palavras desagradáveis como: “você é incapaz, você é fraco, você é insuficiente, você nunca vai conseguir”, entre outros. Conforme o desconforto diante da situação e palavras ditas, os palestrantes pediram para rasgar o coração de papel, para demonstrar o impacto e a intensidade das palavras em nossos corações.

As palavras foram muito duras e, quando me deparei, meu coração já estava em pedaços.

Nesse momento, a palestrante viu meu coração e me chamou a frente da sala com mais uma garota que também estava com seu coração “partido”.

O coração despedaçado de minha colega me foi dado e o meu a ela, momento em que a Dra. Cláudia nos indagou se era possível reconstruir o coração despedaçado.

Assim, pude perceber no olhar da colega como foi difícil ouvir tudo aquilo e como havia sido doloroso para ela. Foi nesse momento que me dei conta de que não era apenas uma garota parada na minha frente, era uma amiga, uma irmã, uma pessoa que assim como eu havia sido machucada e era o meu dever reparar aquela ferida em seu coração.

Foi então que eu disse que as palavras foram duras de se ouvir, mas que eu também sabia que às vezes, na vida, nós nos machucamos por conta de outras pessoas ou situações que acabam acontecendo e que isso dói muito.  Entretanto, não somos o que as pessoas dizem, nem o que elas pensam.

Uma situação não define em nada quem você é ou do que é capaz. Todos são capazes, suficientes, somos o que somos, cada um é único do seu jeito de ser e viver. Cada indivíduo é único no mundo e essa é sua característica mais linda, o que o diferencia de todos os seres da terra, e cada ser único não deveria se abalar por palavras de pessoas que querem se mostrar superior a outras pessoas.

Foi uma fala breve e simples, porém efetiva ao ponto de consertar o nosso coração, não o de papel, mas sim o real, aquele que realmente precisava de atenção. Aquela não foi a primeira vez que as palavras duras foram ditas por alguém, e com certeza não será a última. Existem muitos outros corações que precisam de “conserto” mundo a fora, porém   temos a ferramenta certa para o trabalho a favor da humanidade: basta um bom ser humano para fazer a diferença na vida de alguém, basta ser a sua mudança, sua própria revolução e assim pouco a pouco revolucionar o nosso mundo.


Comissão OAB Campinas vai à escola com a Sra. Marta Leardini Gonzaga, Diretora do CEI 299 Sesi Valinhos, Sra. Mariana Sinatura, Coordenadora do Ensino Fundamental I, Sra. Nathalie Moreira, Coordenadora do Ensino Fundamental II e Sra. Gláucia Helena Lopes, Coordenadora do Ensino Médio.
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