Comissão da Verdade sobre a Escravidão Negra debate a escravização na atualidade

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Em evento realizado no último sábado (13/05), a Comissão da Verdade sobre Escravidão Negra no Brasil da OAB Campinas reuniu advogados e representantes de entidades na Casa da Advocacia.  O Cine Debate, com a exibição do documentário “Menino 23 – Infâncias Perdidas no Brasil”, discutiu a realidade brasileira e as formas de escravização da população afrodescendente.

A mesa do evento teve a participação da vice-presidente da OAB Campina, Luciana Cunha, representando a diretoria; do desembargador Eduardo Benedito de Oliveira Zanella, Presidente do Comitê de Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas do TRT-15ª Região; do vereador Permínio Monteiro, representando a Câmara Municipal de Campinas; do Conselheiro Estadual da OAB SP, Dijalma Lacerda; e dos presidentes das Comissões da Verdade da Escravidão Negra da Subseção, Ademir José da Silva e da Igualdade Racial, Adriana de Morais .

A vice-presidente abriu o encontro e destacou da importância do evento, de trazer ao debate a escravização na atualidade. Também na abertura do evento os participantes entoaram o Hino à Negritude, seguido da exibição do filme que também ocorreu simultaneamente na Secional da OAB paulista. O documentário “Menino 23 – Infâncias Perdidas no Brasil”, do diretor Belisario Franca, conta a história de garotos negros escravizados durantes 10 anos por fazendeiros ligados ao movimento nazista no interior de São Paulo, na década de 1930.

Para o presidente da Comissão da Ver Verdade da Escravidão Negra, Ademir José da Silva, o evento foi de extremamente positivo com o debate que durou cerca de uma hora, onde os participantes tiveram a oportunidade de discutir e traçar um paralelo entre o contexto do filme na atualidade. “Houve o processo de escravização no período de 1534 até 1888, quando tivemos o advento da Lei Áurea, mas o processo continua até os dias de hoje com a escravização moderna, na precarização do trabalho . A abolição se deu no papel, sem medidas de inserção do abolido no mercado de trabalho. A OAB sai à frente quando encampa essa discussão”, destacou.

Também participaram do evento o ex-presidente do TRT-15ª, desembargador Lorival Ferreira dos Santos e o presidente do  Conselho de Desenvolvimento e de Participação da Comunidade Negra de Campinas, Tagino Alves dos Santos e também do representante em Campinas da Organização pela Libertação do Povo Negro (OLPN), Reginaldo Bispo, entidade que desenvolve a campanha “Reparação Já” que tem como objetivo a reparação histórica aos descendentes de povos africanos escravizados no Brasil.

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